terça-feira, 28 de julho de 2009

Encontro casual...


Notei que ela vinha em minha direção, porém não pela calçada e sim pelo meio da Avenida movimentada, arriscando-se.
Fui ao seu encontro preocupado com o que podia estar passando aquela mulher alheia a tudo que lhe cercava, serena com suas sandálias nas mãos e bem vestida.
Ao tocar-lhe de leve o braço senti o tremor percorrendo sob a sua pele e ela, lentamente, volta o rosto para mim e olha-me impaciente como se buscasse reconhecer-me ou analisar-me. Levo-a a um barzinho próximo para que bebesse algo quente e se reanimasse, no entanto eu a sentia cada vez mais próxima, a sentia como me reconhecendo.

Ficamos no bar por um bom tempo e nesse tempo ela pouco falou, apenas sorria de vez enquanto ante minhas tentativas de saber quem era, de onde vinha, e o que aconteceu para que ela estivesse naquele estado que a encontrei.

Nada consegui, e já quase desistindo e deixando-a ali entregue a própria sorte ela falou: Deixe-me ficar com você apenas essa noite, por favor!

Embora tivesse falado suavemente senti uma urgência desesperada naquela voz, uma urgência que parecia vir do fundo da sua alma e que rompia não como um jorro, uma erupção, mas sim como a nascente de um rio, um pequeno filete de água que cresce a medida que percorre as distâncias. Assim a urgência daquela voz atingiu-me em cheio como um rio caudaloso, embora as palavras parecessem escorrer de sua boca.

Levei-a para minha casa, fiz que tomasse uma ducha quente, disse para pegar nas gavetas algo que pudesse vestir e ela encontrou uma camisa social e, por baixo, estava usando uma das minhas cuecas de seda. Sentou para comer a refeição que descongelei e continuava calada, olhando-me apenas.

Senti que nada conseguiria saber dela naquela noite, talvez no outro dia, após uma boa noite de sono eu pudesse arrancar alguma informação sobre ela e sobre o porque de estar assim. Indiquei o quarto de hóspedes e fui para o meu quarto. Logo peguei no sono, pois devido a tensão das últimas horas tomei um daqueles comprimidinhos milagrosos, porém mesmo sonolento senti alguém deitando ao meu lado, achei que era sonho e pouco me importei.

Ela começou a me acariciar, a buscar-me, a pegar-me, e eu, em meio ao delírio produzido pelo efeito do soníferos que ainda corria no meu organismo e o despertar daquela maneira, com uma mulher buscando-me freneticamente, só podendo imaginar que fosse um sonho louco, deixei-me levar pelo que acontecia.

Acordei na manhã seguinte exausto, olhei o lugar vazio ao lado na cama, estranhei, pois tinha quase certeza que ela viera dormir ali no meio da noite, porém nenhuma indicação disso havia. Fui ao quarto de hóspedes ninguém ali também e sinal algum de que fora usado por alguém. Preocupado comecei a procurar por todo apartamento, nenhum indício da presença de ninguém, exceto a minha. Desesperado, achando ter enlouquecido, vest-me rapidamente e desci a portaria.

Antes que eu precisasse perguntar, o velho porteiro da manhã, com um olhar de reprovação entregou-me minha cueca de seda e disse que alguém a deixou em sua mesa e disse para me entregar. Notei que havia marcas dos nossos sucos na cueca, e envergonhado dei meia volta em direção ao elevador, mas ainda pude ouvi-lo dizer baixinho:

- Esse deveria pensar melhor e não ficar trazendo qualquer uma que encontra na rua pra dentro de casa. Um dia ainda vai ser roubado, ou coisa pior!

A BELA DA TARDE!!!


No meio da tarde
Chegou de surpresa,
Sensual, sedenta de sexo.
Casa cheia de gente
Que se notaram foram discretos.

Subimos as escadas
Olhando um nos olhos do outro,
Mãos nas mãos,
Palpitar dos corações no mesmo compasso
E nossos sexos ficando úmidos ao mesmo tempo.

Nos trancamos no banheiro
Do segundo andar,
Nos despimos às pressas
E trepamos aliviando
A urgência de nos ter.
Rápida, porém delirante,
A ponto de nos deixar de pernas bambas.

Ajeitamos nossas roupas
E você logo se foi.

Ao voltar ao banheiro
Noto sua calcinha abandonada
No cantinho atrás do bidê.
Guardo-a no bolso.

Agora aqui nessa noite solitária
Ela me traz o perfume de seus sucos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Uma Flor...


Por vezes uma simples imagem nos desperta inúmeras sensações, e esta ao lado provocou isso em mim!

Uma simples FLOR sobre o corpo de uma mulher.

Comecei imaginar sendo eu que tivesse depositado ali aquela flor. Certamente seria como um agradecimento por algum desejo saciado, por um prazer recebido, ou mesmo, pela grata visão que essa posição proporciona a quem é admirador das formas femininas.

Mas realmente nenhuma importância há sobre qual seria a razão da flor estar ali. O importante é que está, e está em harmonia com a bela bunda cujo o rego se assemelha ao sulco produzido pelo arado no solo fecundo.

Como gostaria de ser tal arado abrindo esse sulco até plantar-me por inteiro nesse solo e depois colher os frutos, em gemidos de prazer.