sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Caminhos.


De que mais as nossas vidas são formadas se não de caminhos?

Ao longo dela percorremos vários e variados. Por vezes achamos que estamos no caminho certo, protegido por cercas como o da foto, porém mesmo nesses podemos encontrar obstáculos a serem vencidos, encruzilhadas onde temos que optar por qual caminho seguir.

Ao encontrarmos tais acidentes nos deparamos com algumas possibilidades:

- Podemos desviar deles buscando caminhos alternativos, mas corremos o risco de nos perder, de não retomarmos o rumo anterior, pois muitas são as opções que acabam se descortinando diante de nossos olhos.

- Podemos, se o obstáculo permitir, retirá-lo de nosso caminho e simplesmente seguir em frente como se nada tivesse acontecido, entretanto, por menor que seja tal obstáculos, de uma forma ou de outra ele há de nos influenciar. O caminho e o caminhante não serão mais os mesmos; o caminho por lhe faltar uma parte (o obstáculo removido) e o caminhante por ter sido posto à prova ao se ver obrigado a retirar o obstáculo, ao tomar conhecimento dessa sua capacidade.

- Podemos também, caso não querendo desviar-se ou não ter capacidade de remover o obstáculo, realizar um esforço maior e vencê-lo, abrir o caminho como quem, ao construir uma rodovia, prefere cavar um túnel através da montanha do que circundá-la com um sinuoso e, certamente, perigoso traçado.

Claro que a circunstância em que se apresenta tal obstáculo é que vai determinar que solução que adotaremos, contudo temos que ser acima de tudo realistas, temos que ter plena consciência de nossa capacidade (embora às vezes isso nem sempre esteja evidente para nós).

Seja qual for a solução escolhida siga o SEU caminho e jamais tente trilhar caminhos alheios, mesmo que esses se pareçam bem iguais ao nosso.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nos pequenos detalhes...

No frenético corre-corre diário muitas vezes deixamos de perceber a Beleza que nos é mostrada mesmo nos pequenos detalhes.

Seja num vôo de um pássaro cruzando o céu azul; seja numa pequenina planta que teima em brotar numa rachadura do frio piso de concreto; seja no balançar de uma folha ao ser atingida pelas primeiras gotas de uma chuva; seja no olhar de satisfação de uma criança ao ganhar seu doce predileto. Seja lá qual for esse momento furtivo, de uma coisa estou certo: ali está a Beleza mais pura e poética, a Beleza do milagre da Vida.

Não vou entrar na discussão se essa Vida seja fruto de criação de um deus, ou se é simplesmente resultado de um processo evolutivo. Não me interessa a origem, mas sim o fato da existência desses momentos e o prazer que tenho em apreciá-los e notar neles a Beleza. Como nesse momento captado pelas lentes do fotógrafo Jim Hayes.






terça-feira, 28 de julho de 2009

Encontro casual...


Notei que ela vinha em minha direção, porém não pela calçada e sim pelo meio da Avenida movimentada, arriscando-se.
Fui ao seu encontro preocupado com o que podia estar passando aquela mulher alheia a tudo que lhe cercava, serena com suas sandálias nas mãos e bem vestida.
Ao tocar-lhe de leve o braço senti o tremor percorrendo sob a sua pele e ela, lentamente, volta o rosto para mim e olha-me impaciente como se buscasse reconhecer-me ou analisar-me. Levo-a a um barzinho próximo para que bebesse algo quente e se reanimasse, no entanto eu a sentia cada vez mais próxima, a sentia como me reconhecendo.

Ficamos no bar por um bom tempo e nesse tempo ela pouco falou, apenas sorria de vez enquanto ante minhas tentativas de saber quem era, de onde vinha, e o que aconteceu para que ela estivesse naquele estado que a encontrei.

Nada consegui, e já quase desistindo e deixando-a ali entregue a própria sorte ela falou: Deixe-me ficar com você apenas essa noite, por favor!

Embora tivesse falado suavemente senti uma urgência desesperada naquela voz, uma urgência que parecia vir do fundo da sua alma e que rompia não como um jorro, uma erupção, mas sim como a nascente de um rio, um pequeno filete de água que cresce a medida que percorre as distâncias. Assim a urgência daquela voz atingiu-me em cheio como um rio caudaloso, embora as palavras parecessem escorrer de sua boca.

Levei-a para minha casa, fiz que tomasse uma ducha quente, disse para pegar nas gavetas algo que pudesse vestir e ela encontrou uma camisa social e, por baixo, estava usando uma das minhas cuecas de seda. Sentou para comer a refeição que descongelei e continuava calada, olhando-me apenas.

Senti que nada conseguiria saber dela naquela noite, talvez no outro dia, após uma boa noite de sono eu pudesse arrancar alguma informação sobre ela e sobre o porque de estar assim. Indiquei o quarto de hóspedes e fui para o meu quarto. Logo peguei no sono, pois devido a tensão das últimas horas tomei um daqueles comprimidinhos milagrosos, porém mesmo sonolento senti alguém deitando ao meu lado, achei que era sonho e pouco me importei.

Ela começou a me acariciar, a buscar-me, a pegar-me, e eu, em meio ao delírio produzido pelo efeito do soníferos que ainda corria no meu organismo e o despertar daquela maneira, com uma mulher buscando-me freneticamente, só podendo imaginar que fosse um sonho louco, deixei-me levar pelo que acontecia.

Acordei na manhã seguinte exausto, olhei o lugar vazio ao lado na cama, estranhei, pois tinha quase certeza que ela viera dormir ali no meio da noite, porém nenhuma indicação disso havia. Fui ao quarto de hóspedes ninguém ali também e sinal algum de que fora usado por alguém. Preocupado comecei a procurar por todo apartamento, nenhum indício da presença de ninguém, exceto a minha. Desesperado, achando ter enlouquecido, vest-me rapidamente e desci a portaria.

Antes que eu precisasse perguntar, o velho porteiro da manhã, com um olhar de reprovação entregou-me minha cueca de seda e disse que alguém a deixou em sua mesa e disse para me entregar. Notei que havia marcas dos nossos sucos na cueca, e envergonhado dei meia volta em direção ao elevador, mas ainda pude ouvi-lo dizer baixinho:

- Esse deveria pensar melhor e não ficar trazendo qualquer uma que encontra na rua pra dentro de casa. Um dia ainda vai ser roubado, ou coisa pior!

A BELA DA TARDE!!!


No meio da tarde
Chegou de surpresa,
Sensual, sedenta de sexo.
Casa cheia de gente
Que se notaram foram discretos.

Subimos as escadas
Olhando um nos olhos do outro,
Mãos nas mãos,
Palpitar dos corações no mesmo compasso
E nossos sexos ficando úmidos ao mesmo tempo.

Nos trancamos no banheiro
Do segundo andar,
Nos despimos às pressas
E trepamos aliviando
A urgência de nos ter.
Rápida, porém delirante,
A ponto de nos deixar de pernas bambas.

Ajeitamos nossas roupas
E você logo se foi.

Ao voltar ao banheiro
Noto sua calcinha abandonada
No cantinho atrás do bidê.
Guardo-a no bolso.

Agora aqui nessa noite solitária
Ela me traz o perfume de seus sucos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Uma Flor...


Por vezes uma simples imagem nos desperta inúmeras sensações, e esta ao lado provocou isso em mim!

Uma simples FLOR sobre o corpo de uma mulher.

Comecei imaginar sendo eu que tivesse depositado ali aquela flor. Certamente seria como um agradecimento por algum desejo saciado, por um prazer recebido, ou mesmo, pela grata visão que essa posição proporciona a quem é admirador das formas femininas.

Mas realmente nenhuma importância há sobre qual seria a razão da flor estar ali. O importante é que está, e está em harmonia com a bela bunda cujo o rego se assemelha ao sulco produzido pelo arado no solo fecundo.

Como gostaria de ser tal arado abrindo esse sulco até plantar-me por inteiro nesse solo e depois colher os frutos, em gemidos de prazer.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pontes...


Durante toda nossa Vida passamos em constante busca de relacionamentos com outras pessoas.

Primeiro no seio do lar, buscamos o carinho de nossos pais, o convívio com nossos irmãos, parentes e afins. Depois, na fase escolar, a busca é voltada para colegas de classe, que logo se transformam em amigos e, alguns poucos, continuam assim ao longo de nossas Vidas.

Logo surge o impulso libidinoso e voltamos nossa busca para satisfazê-lo e, dependendo do nosso atiramento, fazemos sucesso ou não, mas isso é uma outra história.

O que quero é traçar um paralelo dessa busca por relacionamento a pontes.

Algumas dessas pontes se mostram sólidas, capazes de suportar muitas intempéries sem se abalar e nem ceder um milímetro sequer. Claro que são essas as pontes mais desejadas, embora sejam também as de mais difícil manutenção e de construção complicada.

Outras são tão frágeis que mais parecem terem sido construídas de material tênue como as teias tecidas pelas aranhas, entretanto até mesmo estas são capazes de agüentar alguns trancos da Vida e mesmo suportar os arroubos das pessoas, como a armadilha de teias é capaz de segurar a presa da aranha.

Contudo as mais interessante a meu ver são aquelas nas quais entramos sem termos condições de vislumbrarmos o outro lado. São PONTES PARA O SONHO, para as névoas que encobrem nosso futuro, nosso porvir. Nesse caso temos que ir construindo no dia a dia essa ponte, esse relacionamento, temos que ir buscando os melhores materiais e aprimorando cada vez mais a construção, procurando fazê-las mais fortes e seguras.

E você? Que tipo de PONTES (relacionamentos) prefere?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Enfim...


Enfim vejo você me vendo como realmente sou!
Enfim vejo você me aceitando como realmente sou!
Enfim vejo você confiando realmente em mim!
Enfim vejo você mostrando todo seu Amor por mim!

Tudo que eu quero é lhe fazer feliz!
Tudo que desejo é estar com você!
Tudo que espero é que seja eterno o nosso Amor!
Tudo que sei é que nunca me senti assim em relação a ninguém!

Teremos muitos desafios, eu sei!
Mas saberemos superar todos, pois nos amamos!

Seremos, mais do que nunca, UM SÓ SER como já somos apesar da distância!